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quinta-feira, 20 de julho de 2017

GERAL: DEPUTADO ESTADUAL, THIAGO AMARAL E SUPOSTAMENTE ATUAL DEPUTADO DO PREFEITO CARNELOSSI DE SANTA AMÉLIA, TEM SEU NOME CITADO EM DELAÇÃO.



Justiça criminal recebe delação de funcionária de construtora acusada de fraude na construção de escolas
Vanessa Domingues citou políticos com prerrogativa de foro, mas nomes foram borrados pela PGR. Delação foi homologada pelo STF.


O Supremo Tribunal Federal (STF) enviou à 9ª Vara Criminal de Curitiba os documentos referentes à delação de Vanessa Domingues, ex-secretária da Construtora Valor. A empresa foi alvo da Operação Quadro Negro, deflagrada em 2016, para apurar supostos desvios de dinheiro na construção de escolas estaduais no Paraná. Segundo as investigações, a fraude passa de R$ 20 milhões. O acordo de Vanessa foi fechado junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), por citar nomes de políticos que possuem prerrogativa de foro. A delação dela foi homologada pelo ministro Luiz Fux.
Com a delação, Vanessa recebeu alguns benefícios da Justiça. Ela não poderá ser presa preventivamente por fatos criminosos realizados antes da homologação do acordo. Caso seja condenada, a pena não pode passar de quatro anos de prisão e deve ser cumprida, inicialmente, em regime aberto.
Na delação, a ex-secretária se comprometeu a contar tudo o que sabia sobre crimes que tenham sido praticados contra a administração pública, entre eles, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Além dos depoimentos, ela teve que apresentar provas da existência desses crimes.
RPC teve acesso a um dos depoimentos encaminhados à Justiça, em Curitiba. A 9ª Vara Criminal de Curitiba é responsável pelos processos que não envolvem pessoas com foro privilegiado.
No documento, os nomes das pessoas citadas por Vanessa foram borrados pela PGR e não é possível saber de quem se trata.
A ex-secretária mostrou provas de cinco depósitos bancários realizados entre 2014 e 2015. Somados, eles passam de R$ 200 mil. O dinheiro, segundo Vanessa, foi usado para comprar dólares em espécie, que foram levados a Moçambique, na África. Em 2015, logo depois que o esquema foi descoberto, Vanessa já tinha falado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) sobre saques suspeitos, realizados pelo dono da empresa, Eduardo Lopes de Souza, para o pagamento de propina. O depoimento da época foi gravado em vídeo. "Ele mandou alguns valores para mim em conta, porque não tinha talonário de cheque ainda. Aí, eu ia no banco, no mesmo dia, e sacava esse valor e dava para ele. Todos esses valores, é tudo do poder público", afirmou à época.A Justiça do Paraná precisava dessas informações para dar andamento aos processo, que estava parado há oito meses. Agora, o caso segue para a fase de alegações finais, quando a defesa e a acusação vão apresentar as razões pelas quais os réus devem ser condenados ou absolvidos.
ACESSE O LINK E VEJA O VIDEO: http://g1.globo.com/pr/parana/paranatv-2edicao/videos/t/curitiba/v/exclusivo-parana-tv-tem-acesso-a-delacao-premiada-da-operacao-quadro-negro/6021996/

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