Paraná tem 17 prefeitos eleitos com mandato
ameaçado
Casos
mais graves ocorrem em Colombo, Cambira, Bituruna e Joaquim Távora.
Na grande
maioria dos municípios paranaenses, as eleições se encerraram no dia 7 de
outubro, quando a população escolheu os prefeitos que irão administrar as
cidades pelos próximos quatro anos. Em 17 deles, contudo, ainda não há certeza
sobre quem de fato irá assumir o governo. Mesmo com a oficialização do
resultado e a diplomação dos eleitos, os novos administradores estão com seus
cargos ameaçados por causa de processos que ainda correm na Justiça. Em quatro
dessas cidades a situação é ainda mais grave. Elas começarão o ano sem um
prefeito definido e sob o risco de uma segunda eleição ser convocada.
Em
Colombo, na região metropolitana de Curitiba; Bituruna, na região Centro-Sul;
Cambira, na Região Norte; e Joaquim Távora, no Norte Pioneiro, esse prazo se
esgotou sem que os próximos administradores tenham sido oficializados. Isso
porque os vencedores nas urnas tiveram suas candidaturas indeferidas pela
Justiça eleitoral e dependem da apreciação de recursos nos tribunais para serem
oficializados ou não no cargo. Como obtiveram mais de 50% dos votos válidos,
caso a situação seja mantida será necessário fazer nova eleição. Em Colombo,
Beti Pavin (PSDB) foi a mais votada. No entanto, ela teve seu registro
indeferido por conta da Lei da Ficha Limpa, pois teve suas contas rejeitadas
por irregularidades quando administrou a cidade em 2001. Após ser derrotada no
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela
aguarda o julgamento de um último recurso no plenário do TSE. Em Bituruna,
Catiane Rossoni (PSDB) não comprovou filiação partidária em tempo hábil e
aguarda julgamento de recurso no TSE. O mesmo acontece em Joaquim Távora, onde
William Ovçar (PSC) responde por irregularidades no período em que era
prefeito. A prefeita reeleita de Cambira, Neusa Bellini (PSDB), está com
recurso no TRE em ação por abuso de poder econômico. Nos quatro casos, quem
assumirá a prefeitura interinamente em 1.º de janeiro será o presidente da
Câmara Municipal. Situação curiosa é a de Rio Branco do Sul, onde os dois
primeiros colocados tiveram suas candidaturas indeferidas. O vencedor, Gibran
Johnsson (PSC), foi inscrito na véspera da eleição em substituição ao pai,
Amauri Johnsson (PSC), barrado pela Ficha Limpa. A manobra foi considerada
irregular pela Justiça eleitoral. Já o segundo colocado, Valdemar Castro
(PSDB), teve a candidatura cassada por uso indevido de meio de comunicação.
Johnsson conseguiu efeito suspensivo assegurando sua diplomação e posse em 1.°
de janeiro.
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