A conta de energia elétrica vai ficar mais barata a
partir de fevereiro no Paraná. As novas tarifas serão votadas nesta
quinta-feira (24/01) pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel). A redução deve ser, em média, de 18% para o consumidor residencial e
em torno de 30% para a indústria.
“As tarifas da Copel serão reduzidas. O Paraná contribuiu para esta redução
quando a Copel renovou sua concessão de transmissão”, diz o governador Beto
Richa. Ele destaca que o Paraná faz um grande sacrifício para contribuir com a
queda no preço da energia no País. Segundo Richa, as novas regras federais
impõem perdas enormes ao Estado. Somente a queda na arrecadação do Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre o consumo
de eletricidade, chega a R$ 450 milhões. A Copel vai perder quase R$ 200
milhões por ano da receita de transmissão. “Mas tudo isso em favor da redução
da tarifa para os paranaenses”, afirma Richa. O Paraná também mantém
subsídios para a energia elétrica para atender a camada mais pobre da
população. O programa Luz Fraterna atendeu, em média, 160 mil famílias por mês
em 2012 com gratuidade na conta. Quem consumiu até 100 kWh por mês teve a conta
quitada pelo governo. “Vamos ampliar o limite de consumo para até 120 kWh para
atender mais famílias”, afirma Richa. O contrato de transmissão renovado
corresponde a 86% dos dois mil quilômetros de linhas da Copel. A receita da
empresa nesta área vai cair 58% por causa da antecipação do contrato segundo a
MP 579. “A receita baixará de R$ 305 milhões por ano para R$ 127 milhões por
ano”, afirma o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer. O governo federal
estabeleceu novas regras para os contratos que venceriam até 2015, que foram
renovados em 2013, mas com menor remuneração para as empresas. A transmissão é
o setor da Copel que faz o transporte da energia elétrica, ainda em alta
tensão, das usinas para as subestações que alimentam as cidades.
GERAÇÃO - Na área de geração, a Copel tinha
um contrato com uma usina e três pequenas centrais, que juntas somam 272
megawatts. As novas regras abrangem 82 usinas no País, num total de 22.612 MW.
Ou seja, o contrato da Copel responde por apenas 1,2% do total de potência
sujeito à renovação.
“O fato de não renovarmos este contrato não causa qualquer impacto no projeto
nacional de redução de tarifa, pois são quatro unidades pequenas num universo
de 82 usinas no País”, afirma o presidente da Copel.
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