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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

BLOG SAÚDE: MITOS E VERDADES



MITOS E VERDADES SOBRE O VEGETARIANISMO
Especialista esclarece dúvidas importantes para quem pensa em parar de consumir carne
 
O número de adeptos ao vegetarianismo cresce a cada dia. De acordo com uma pesquisa do Ibope, divulgada em 2012, cerca de 15 milhões de brasileiros se declaram vegetarianos. O número corresponde a aproximadamente 8% da população. As razões que levam a tal mudança no cardápio são variadas, passam por ideologia pessoal, mudança de hábitos e busca por mais qualidade de vida. Contudo, as dúvidas sobre o impacto na saúde ao eliminar o consumo da carne ainda são recorrentes. No texto abaixo, a gerente industrial da Superbom, empresa alimentícia especializada em produtos saudáveis, Cristina Ferreira, esclarece os mitos e verdades para quem pensa em se tornar vegetariano.
 
ü  VERDADE: O vegetariano pode sofrer com a falta de nutrientes, como o ferro, o cálcio e a vitamina B12. Realmente, os alimentos vegetais não são suficientes para suprir a quantidade necessária ao corpo. Quem opta por essa prática alimentar, deve acompanhar constantemente os níveis desses nutrientes no organismo. “Caso percebam alguma alteração, devem buscar orientação médica para que seja ministrada uma correta suplementação, principalmente, no caso da Vitamina B12. Esse acompanhamento é muito importante para dietas estritas vegetarianas ou veganas. Para dietas ovo-lacto vegetarianas, esses nutrientes podem ser facilmente encontrados em derivados do leite e ovos”, explica Cristina.
 
ü  MITO: O fato de que os vegetarianos são menos saudáveis e mais suscetíveis a episódios de doenças relacionadas a falhas alimentares. Na verdade, eles têm menos problemas no coração (por serem mais magros), menos casos de diabetes e têm o colesterol mais controlado. De acordo com os cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, o risco de hospitalização e morte por doenças cardiovasculares nos vegetarianos é 32% menor em comparação com as pessoas que consomem carne e peixe.
 
ü  VERDADE: Não consumir carne é uma atitude sustentável. Os grupos vegetarianos e veganos defendem que a produção de carne afeta o equilíbrio do planeta, pelos altos índices de desmatamento para pastagens para o rebanho bovino em regiões não recomendadas, como a Floresta Amazônica. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), é gasto 16 vezes mais água para produzir uma libra (o equivalente a 0,453 kg) de proteína de carne comparada à proteína vegetal. 
 
ü  MITO: Que os adeptos não consomem proteínas. Os vegetarianos têm à disposição dietas ricas em outras fontes de proteínas, como soja, feijão, ervilha, castanhas, nozes. “A Superbom, por exemplo, tem uma linha de proteínas vegetais, como medalhão, almôndegas, hambúrguer, salsicha e escalope, que contemplam estes nutrientes, com o  sabor muito similar das receitas tradicionais. Além da praticidade, pois são produtos prontos que não precisam de nenhuma elaboração, apenas aquecer. Com isso, o adepto pode suprir a necessidade diária de proteína que é de 75g  por dia, conforme RDC 360 da ANVISA“, complementa a gerente.
 
ü  VERDADE: Em relação às grávidas vegetarianas, é verdade que elas precisam de mais nutrientes durante a gestação. Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), o uso de suplementos de ácido fólico e polivitamínicos é recomendando para qualquer gestante que não consegue consumir as vitaminas e mineiras necessários com a dieta regular, seja  ela adepta a dieta vegetariana ou não.
 
ü  MITO: Os vegetarianos tendem a viver menos. Um estudo feito pela Loma Linda Universit (EUA), com 70 mil voluntários da Igreja Adventista do Sétimo Dia, aponta que os vegetarianos têm um risco 12% menor de vir a óbito. Portanto, eles têm uma longevidade maior.
 
ü  VERDADE: As crianças vegetarianas podem ter o desenvolvimento comprometido caso não tenham uma dieta bem planejada e um acompanhamento nutricional rigoroso. A reposição constante de vitamina B12 e o consumo de grandes quantidades de verduras, legumes, frutas  e grãos são essenciais. “Em geral, elas são  mais magras que as crianças  que se alimentam com proteínas animais, mas existem casos de crianças vegetarianas que tiveram  comprometimento neurológico por não terem uma dieta adequada”, esclarece Cristina. Portanto, a recomendação aos pais é que procurem o auxílio de médicos e/ou nutricionistas, para que possam orientar corretamente a dietas das crianças vegetarianas e veganas, montando um cardápio equilibrado de acordo com a idade e o estilo de vida da criança ou adolescente.
 
O mais importante quando o assunto é vegetarianismo é a informação. “Quanto mais a pessoa conhecer a procedência do que consome, as necessidades do próprio corpo e a composição de uma dieta equilibrada, que seja capaz de fornecer os nutrientes necessários, mais certeza ela terá de que está no caminho certo quanto aos seus hábitos alimentares, melhorando assim sua qualidade de vida”, conclui a gerente.
 
Sobre a Superbom
A Superbom é uma empresa alimentícia, que trabalha com uma linha de produtos saudáveis, que abrange sucos, geléias, salsichas, proteínas, pratos prontos, entre outros. Fundada em 1925, a Superbom comercializa os seus produtos em mais de 25 mil pontos de vendas em todo país. Em função disso, é considerada uma das principais empresas do ramo de alimentos para veganos e vegetarianos do Brasil. A empresa iniciou as suas atividades com a produção de suco de uva, no interior de uma antiga casa pertencente ao Colégio Adventista Brasileiro (CAB), que posteriormente ficou conhecido como Instituto Adventista de Ensino e, hoje, abriga o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp-SP). Durante toda a sua história, a empresa atua diretamente ligada à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Atualmente, a companhia conta com 250 colaboradores, entre a sede e as duas plantas da indústria (localizadas em São Paulo, capital, e em Lebon Régis, Santa Catarina).
 
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