Redução da renda das famílias e aumento do desemprego acendem luz amarela para a saúde suplementar, afirma IESS
Boletim do Instituto aponta que a crise econômica está afetando diretamente o total de beneficiários há mais de 12 meses
São Paulo, 21 de junho de 2016 – A recessão econômica no Brasil está impactando diretamente a contratação de planos de saúde. De acordo com o Boletim “Conjuntura Saúde Suplementar”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, a retração do Produto Interno Bruto (PIB) e da renda das famílias e o aumento na taxa desocupação são os principais fatores econômicos influenciando negativamente o setor de saúde suplementar. O resultado é uma redução de 2,7% no total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares nos 12 meses encerrados em março deste ano. O boletim pode ser lido na íntegra em www.iess.org.br
O superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, explica que há uma relação direta entre a taxa de desocupação, aferida pela PNAD, do IBGE, e a redução do total de beneficiários de planos coletivos. “A deterioração do mercado de trabalho impacta diretamente na contratação de planos coletivos, especialmente nos coletivos empresariais”, afirma. “Entre o primeiro trimestre de 2016 e o mesmo período do ano anterior, o total de beneficiários desse plano recuou 2,7% enquanto a população ocupada diminuiu 1,5%”, completa. Carneiro destaca, ainda, que os dois indicadores passaram a apresentar uma queda acentuada no mesmo mês, março de 2014. Os planos coletivos empresariais são aqueles pagos total ou parcialmente pela empresa contratante como um benefício para o funcionário e são comumente utilizados como benefício para a retenção de talentos na empresa, assim, de acordo com o executivo, é natural que o total de beneficiários desse tipo de planos diminuam com a redução do total de pessoas empregadas.
Contudo, o boletim também aponta que, nos 12 meses encerrados em março deste ano, houve redução de 2,3% no total de beneficiários de planos de saúde individuais ou familiares. Nesse caso, é a retração da renda das pessoas ocupadas, que caiu 3,1% no período analisado, o que impacta diretamente o total de beneficiários. “Com as famílias ganhando menos e o medo crescente de perderem o emprego, além de ter que cortar os custos de planos de saúde para pagar, por exemplo, a conta do mercado, aquelas famílias que planejavam adquirir um plano de saúde, estão adiando seus planos até que a economia volte a melhorar”, analisa Carneiro. “O cenário preocupa não só aos gestores do setor de saúde suplementar, mas como um todo. Já que os planos de saúde são o terceiro maior desejo dos brasileiros, atrás apenas da educação de da casa própria, o fato das famílias estarem optando por deixar de contar com o benefício ou adiar seus planos para tê-lo, reforça a necessidade de se combater a crise econômica instalada hoje.”
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
O superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, explica que há uma relação direta entre a taxa de desocupação, aferida pela PNAD, do IBGE, e a redução do total de beneficiários de planos coletivos. “A deterioração do mercado de trabalho impacta diretamente na contratação de planos coletivos, especialmente nos coletivos empresariais”, afirma. “Entre o primeiro trimestre de 2016 e o mesmo período do ano anterior, o total de beneficiários desse plano recuou 2,7% enquanto a população ocupada diminuiu 1,5%”, completa. Carneiro destaca, ainda, que os dois indicadores passaram a apresentar uma queda acentuada no mesmo mês, março de 2014. Os planos coletivos empresariais são aqueles pagos total ou parcialmente pela empresa contratante como um benefício para o funcionário e são comumente utilizados como benefício para a retenção de talentos na empresa, assim, de acordo com o executivo, é natural que o total de beneficiários desse tipo de planos diminuam com a redução do total de pessoas empregadas.
Contudo, o boletim também aponta que, nos 12 meses encerrados em março deste ano, houve redução de 2,3% no total de beneficiários de planos de saúde individuais ou familiares. Nesse caso, é a retração da renda das pessoas ocupadas, que caiu 3,1% no período analisado, o que impacta diretamente o total de beneficiários. “Com as famílias ganhando menos e o medo crescente de perderem o emprego, além de ter que cortar os custos de planos de saúde para pagar, por exemplo, a conta do mercado, aquelas famílias que planejavam adquirir um plano de saúde, estão adiando seus planos até que a economia volte a melhorar”, analisa Carneiro. “O cenário preocupa não só aos gestores do setor de saúde suplementar, mas como um todo. Já que os planos de saúde são o terceiro maior desejo dos brasileiros, atrás apenas da educação de da casa própria, o fato das famílias estarem optando por deixar de contar com o benefício ou adiar seus planos para tê-lo, reforça a necessidade de se combater a crise econômica instalada hoje.”
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