JORNAL CADERNO DE NOTÍCIAS

JORNAL CADERNO DE NOTÍCIAS
DE OLHO NO RADAR

BEM VINDOS AO BLOG DO VEREADOR CHINA.

SEJAM BEM VINDOS, AO BLOG DO JORNALISTA HABILITADO WLAMIR (CHINA) MTB 9302 DO BLOG DE OLHO NO RADAR, ONDE SUA PARTICIPAÇÃO É DE GRANDE IMPORTÂNCIA, SEJA UM SEGUIDOR DO BLOG.

Páginas

quinta-feira, 5 de março de 2015

O que você precisa saber Parte 2

Projeto de Lei 8305/14
Para Gleisi, aprovação do feminicídio é uma grande vitória
 A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) comemorou a aprovação do Projeto de Lei 8305/14, do Senado, que muda o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) para incluir entre os tipos de homicídio qualificado o feminicídio, definido como o assassinato de mulher em razão de gênero. A matéria foi aprovada pelo Plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (3) e será enviada à sanção presidencial.
 A apreciação da proposta foi uma reivindicação da bancada feminina, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no próximo domingo (8). “Fui relatora dessa matéria na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e me sinto muito feliz em poder compartilhar essa vitória justamente no mês dedicado às mulheres”, destacou Gleisi.
 Segundo a proposta, há razão quanto à condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação contra a condição de mulher. A pena prevista para homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos.
 De autoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher, o projeto prevê ainda o aumento da pena em 1/3 se o crime ocorrer: durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto; contra menor de 14 anos, maior de 60 ou pessoa com deficiência; na presença de descendente ou ascendente da vítima.
O texto aprovado também inclui esse homicídio qualificado no rol de crimes hediondos, constante da Lei 8.072/90.
Para Gleisi, a aprovação do feminicídio é uma resposta às estatísticas estarrecedoras registradas no país.  Hoje, o Brasil encontra-se no sétimo lugar em um ranking dos países que mais matam mulheres, composto por 84 nações. Em número de mortes na América Latina, o Brasil só perde para a Colômbia; na Europa, perde apenas para a Rússia. O Brasil mata mais mulheres do que todos os países árabes e africanos. Entre 2000 e 2010, 43,7 mil mulheres  foram assassinadas no Brasil, 41% delas mortas em suas próprias casas, muitas por companheiros ou ex-companheiros.
Esse avanço na legislação, na avaliação da senadora, complementa ações do Executivo voltadas para a proteção da mulher — como a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180)—e do Legislativo, como a aprovação da Lei Maria da Penha. “Penso que devemos isso à sociedade brasileira”, conclui.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário